Pítia (Pitonisa), a sacerdotisa de Apolo, em Delfos

A pítia (em grego: Πυθία, transl. Pythía) ou pitonisa (serpente) era a sacerdotisa do templo de Apolo, em Delfos, Antiga Grécia, situado nas encostas do monte Parnaso. A pítia era amplamente renomada por suas profecias, inspiradas por Apolo. (…) O oráculo délfico foi fundado no século VIII a.C., e sua última resposta registrada ocorreu em 393 d.C., quando o imperador romano Teodósio ordenou que os templos pagãos encerrassem suas operações. Até então o oráculo de Delfos  era tido um dos mais prestigiosos e fiáveis oráculos do mundo grego.

O nome ‘Pítia’ vem de Pytho (cujo significado é serpente), o nome original de Delfos na mitologia. Os gregos derivaram este topônimo do verbo pythein (πύθειν, “serpente”), assim denominado por causa da sacerdotisa, a Pítia, que nele profetizava os oráculos.
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Um ponto de vista comum a seu respeito afirmava que a pítia apresentava seus oráculos durante um estado de frenesi causado por vapores que subiam de uma fenda no rochedo sobre o qual o templo havia sido construído, e que ela falava coisas aparentemente sem sentido que eram consideradas pelos sacerdotes do templo como enigmáticas profecias, preservadas na literatura grega.
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O oráculo é uma das instituições religiosas mais bem documentadas do mundo clássico grego. Entre os escritores que o mencionaram estão Heródoto Tucídides, Eurípides,  Sófocles, Platão, Aristóteles, Píndaro, Ésquilo, Xenofonte, Diodoro, Estrabão, Pausânias, Plutarco, Lívio, Justino, Ovídio, Lucano, Juliano, o Apóstata e Clemente de Alexandria.  Na cultura [judaica antiga] o pitonismo é citado como motivo para execução por apedrejamento.

Definição do Dicionário Informal

A Pitonisa era a sacerdotisa do oráculo de Delfos. Sentada sobre o trípode ou cadeira alta com três pés, acima do abismo hiante de onde brotavam as exalações proféticas [PNEUMA]; ela divulgava seus oráculos uma vez por ano, no começo da primavera. Mas antes de se sentar na trípode, a Pitonisa se banhava na fonte de Castália, jejuava três dias, mascava folha de loureiro, e com religioso recolhimento, cumpria várias cerimônias. Terminados esses preâmbulos, Apolo prevenia a sua chegada ao Templo que tremia até os alicerces. Então a Pítia era pelos sacerdotes conduzida à trípode. Era sempre em transportes frenéticos que ela desempenhava sua função: dava gritos, uivos e parecia possuída pelo deus. Assim que desvendava o oráculo caía em uma espécie de transe, que algumas vezes durava muitos dias. A princípio existiu uma única Pitonisa, mas com o tempo, o grande número de consultas que eram regularmente feitas, exigiu que se criassem ou que se recrutassem novas Pitonisas. Para atingir a grande honra de ser sacerdotisa, isto é, Pitonisa, era necessário satisfazer algumas condições consideradas essenciais, como ser pura, haver recebido uma educação simples e jamais haver conhecido o luxo, vestindo-se com recato. De preferência as Pitonisas eram recrutadas entre as famílias pobres, porque, acreditavam os gregos que a riqueza era incompatível com a elevada missão da Pitonisa.

Sinônimos de pitonisa:  adivinha adivinhação bruxa charada enigma feiticeira pitonisa cartomante profetisa sibila quiromante adivinho bruxo feiticeiro macumbeiro pítia charlatão palpiteiro fofoqueiro.

Pitonisas/Sibilas nas Escrituras:

1 Samuel 28:5-10, Saul transgride a Lei do Eterno

“E, vendo Saul o arraial dos filisteus, temeu, e estremeceu muito o seu coração. E perguntou Saul ao Senhor, porém o Senhor não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas. Então disse Saul aos seus criados: “Buscai-me uma mulher que seja necromante/pitonisa, para que me encontre, e consulte por ela.” E os seus criados lhe disseram: “Eis que em En-Dor há uma mulher que é necromante/pitonisa.”

E Saul se disfarçou, e vestiu outras roupas, e foi ele com dois homens, e de noite chegaram à mulher; e disse: “Peço-te que me adivinhes pelo espírito da necromancia, e me faças subir a quem eu te disser.” Então a mulher lhe disse: “Eis aqui tu sabes o que Saul fez, como tem destruído da terra os os médiuns e adivinhos; por que, pois, me armas um laço à minha vida, para me fazeres morrer?” Então Saul lhe jurou pelo Eterno, dizendo: “Vive O Eterno, que nenhum mal te sobrevirá por isso.”

Testemunho das Escrituras sobre à atitude de Saul: 

“Assim morreu Saul por causa da transgressão que cometeu contra YAHUAH, por causa da palavra de YAHUAH, a qual não havia guardado; e também porque buscou a adivinhadora para a consultar.” 1 Crônicas 10:13

 Atos 16:16-18, Profecias de demônios

“E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem, que tinha espírito [pneuma] de adivinhação [python], a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. Esta, seguindo a Shaul (Paulo) e a nós, clamava, dizendo: “Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Elohim Altíssimo.” E isto fez ela por muitos dias. Mas Shaul, perturbado, voltou-se e disse ao espírito [pneuma]: “Em nome de Yahusha Ha’Mashyach, te mando que saias dela.” E na mesma hora saiu.”

https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%ADtia
https://www.dicionarioinformal.com.br/pitonisa

OPINIÃO

A transgressão de Saul, que buscou a Palavra do Eterno em outros lugares, mesmo sabendo que era ilícito, nos serve de testemunho contra aqueles que buscam A Palavra do Eterno fora das Escrituras e, pior ainda, em manifestações místicas;

O testemunho de Shaul dá evidências de que mesmo os demônios parecem falar algumas verdades, seja para enganar ou escarnecer. No caso da passagem citada acima, não sabemos se o espírito da pitonisa estava glorificando os emissários ou fazendo chacota deles;

A Pítia, diferentemente, da Sibila, parece ter sido rejeitada pelos cristãos antigos, quem sabe, talvez, pela sua forma frenética de receber as suas profecias, pois no artigo do wikipedia sobre Oráculo, é dito que “os cristãos transformaram em ridículo esta sacerdotisa e, com isto, o culto, ao descrever a Pítia como uma louca de babar, embriagada por vapores de enxofre, psiquicamente possuída pelo Maligno, que se introduzia por sua vagina. Tais intenções se encontra, por exemplo, em Orígenes, ou João Crisóstomo.”