
Depois de mais de dois dias da prisão de Bolsonaro, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ainda não respondeu à oposição sobre a possibilidade de pautar a anistia. A urgência do projeto foi aprovada no dia 17 de setembro com 311 votos a favor e 163 contra. O projeto de lei pode beneficiar diretamente o ex-presidente da República com a redução da sua pena de 27 anos e três meses por tentativa de golpe de estado.
Sóstenes Cavalcante, líder do PL, convocou uma reunião nesta segunda-feira (24), às 14 horas, na sede do partido do ex-presidente, em Brasília. O deputado disse à reportagem que partido irá fazer obstrução de todas as pautas da Câmara até que o projeto de lei que pode diminuir as penas para os condenados do 8 de janeiro seja votado, incluindo o Orçamento do ano que vem. Fato que pode paralisar os investimentos do governo e pagamento de emendas parlamentares.
O líder da oposição, Luciano Zucco (PL-RS), disse que enviou mensagem a Hugo Motta ainda no sábado cobrando a anistia, mas não recebeu resposta até o momento.
À reportagem, o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do projeto de lei rebatizado como “PL da dosimetria” disse que a prisão do ex-presidente da República pode acelerar a votação da proposta.
Mas até agora, Motta, que passou o fim de semana na Paraíba com a família, ainda não se manifestou sobre nada relacionado à prisão de Bolsonaro ou ao pedido de prisão do deputado federal Alexandre Ramagem, também condenado por tentativa de golpe, e fugiu para os EUA.
Na verdade, Motta está focado em outra pauta, a da Segurança Pública, tema sensível ao governo. O presidente da Câmara publicou no início desta segunda, nas redes sociais, um vídeo dando recados sobre o PL antifacção, aprovado na semana passada na Câmara, mas que sofre resistência da base governista de Lula, que trabalha por alterações no texto no Senado.
“Se um tema é bom para segurança importa da onde ele veio? Sem preconceito com a origem do projeto é assim que a gente vai para cima dos problemas e entrega um Brasil melhor para nossa gente”, disse ressaltando que “em tempos tão polarizados, ter sensibilidade é enxergar valor antes de enxergar a origem”.
No post, Motta fala em compromisso de ouvir “sem preconceito e decidir com equilíbrio”.
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