Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram que três dos principais líderes militares do Irã foram mortos nos ataques aéreos realizados por Israel em diversas regiões do país na madrugada de 13 de junho.
Em comunicado publicado na rede social X, um porta-voz das IDF informou que morreram o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, major-general Mohammad Bagheri, o comandante da Guarda Revolucionária Islâmica, major-general Hossein Salami, e o comandante do Comando de Emergência do Irã.
Segundo o porta-voz, os ataques aéreos foram conduzidos por mais de 200 aviões de combate israelenses.
“Esses são três assassinos impiedosos, responsáveis por massacres, com sangue internacional em suas mãos. O mundo é um lugar melhor sem eles”, disse o porta-voz.
A TV estatal iraniana também confirmou que Bagheri foi morto em um ataque israelense em Teerã, capital do Irã.
A mídia estatal iraniana informou ainda que pelo menos dois cientistas nucleares morreram nos ataques israelenses em Teerã.
A Força Aérea de Israel descreveu os ataques como uma “ofensiva preventiva, precisa e combinada”, com foco em alvos militares, instalações nucleares, fábricas de mísseis balísticos e comandantes militares, como parte de supostos esforços para impedir Teerã de construir uma arma atômica.
Em um pronunciamento televisionado pouco depois do início dos ataques, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que as investidas na madrugada foram realizadas sob a “Operação Leão em Ascensão”, que ele descreveu como “uma operação militar direcionada para conter a ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel”.

Netanyahu afirmou que a operação “continuará por quantos dias forem necessários para eliminar essa ameaça”.
Apontando para o programa de enriquecimento nuclear do Irã, o líder israelense alegou que, nos últimos anos, Teerã produziu “urânio altamente enriquecido suficiente para nove bombas atômicas”.
“Se não for interrompido, o Irã poderá produzir uma arma nuclear em um período muito curto — pode ser em um ano, pode ser em alguns meses, menos de um ano. Essa é uma ameaça clara e imediata à própria sobrevivência de Israel”, disse Netanyahu.
O primeiro-ministro israelense afirmou que os ataques tiveram como alvo a principal instalação iraniana de enriquecimento nuclear, em Natanz, além de um indivíduo descrito por ele como o principal cientista do Irã responsável por armas nucleares.
“Nós atingimos o coração do programa de mísseis balísticos do Irã”, disse Netanyahu em seu pronunciamento televisionado.
A imprensa iraniana e testemunhas relataram explosões em várias partes do país, incluindo em Natanz, na sexta-feira. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que Natanz estava entre os locais atacados, mas disse que não houve aumento nos níveis de radiação na instalação nuclear, com base nas informações fornecidas pelas autoridades iranianas.
A mídia estatal iraniana informou ainda que a sede da Guarda Revolucionária, força de elite do Irã, em Teerã, foi atingida. Segundo os relatos, várias crianças morreram em um ataque a uma área residencial na capital.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, condenou os ataques em um comunicado, afirmando que Israel havia “liberado sua mão perversa e sangrenta” em um crime contra o Irã e que receberia “um destino amargo para si mesmo”.
“O regime sionista cometeu um crime em nosso querido país hoje ao amanhecer, com suas mãos satânicas e manchadas de sangue”, disse Khamenei. “Esse regime deve esperar uma punição severa.”
Segundo o porta-voz militar israelense, general de brigada Effie Defrin, como retaliação aos ataques, o Irã lançou cerca de 100 drones contra o território israelense. Israel está tentando interceptar os drones.
A Reuters contribuiu para esta matéria
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