Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
Israel lançou uma nova e extensa campanha com o objetivo de assumir o controle de mais áreas da Faixa de Gaza, buscando um fim definitivo para a guerra no local.
Uma postagem na rede social X das Forças de Defesa de Israel (IDF) afirma que a campanha foi batizada de Operação Carruagens de Gideão, uma referência ao antigo líder militar judeu cujas façanhas estão documentadas em textos sagrados judaicos e cristãos.
Uma publicação no canal em inglês da IDF não menciona o nome da operação, mas afirma que a obtenção de mais “controle operacional” sobre uma parte maior de Gaza contribuiria para seus objetivos declarados na guerra contra o Hamas, que Israel e os Estados Unidos classificam como uma organização terrorista.
“Isso faz parte dos preparativos para expandir as operações e cumprir os objetivos da guerra – incluindo a libertação de reféns e o desmantelamento da organização terrorista Hamas”, diz o post. “As tropas da IDF continuarão a operar para proteger os civis israelenses e atingir os objetivos da guerra.”
As autoridades de saúde locais em Gaza, que opera sob o controle do Hamas, disseram que 459 pessoas foram mortas na mais recente rodada de ataques. Esse número marca a escalada mais mortal da guerra desde março, quando as negociações de cessar-fogo fracassaram.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deu a entender anteriormente, em 5 de maio, que Israel estava planejando uma ofensiva intensiva e ampliada contra o Hamas, já que seu gabinete de segurança aprovou planos que poderiam envolver a tomada de toda a Faixa de Gaza e o controle da ajuda no território em conflito.
No mesmo dia, a IDF começou a mobilizar dezenas de milhares de reservistas e, desde então, reuniu um número significativo de unidades blindadas ao longo das linhas de frente.
Israel declarou que o Hamas ainda mantém 58 reféns de seu ataque surpresa em 7 de outubro de 2023 – durante o qual mais de 1.200 foram mortos e 251 foram sequestrados -, mas acredita-se que apenas 23 deles estejam vivos.
Em seu discurso no início da semana, Netanyahu reiterou a nova ofensiva crescente, dizendo que não interromperia o ataque mesmo que o Hamas libertasse todos os reféns restantes e que continuaria até que o Hamas fosse completamente destruído.
“Podemos fazer um cessar-fogo por um determinado período de tempo, mas vamos até o fim”, disse ele.
O conflito em Gaza começou em 7 de outubro de 2023, quando cerca de 6.000 membros do Hamas e uma variedade de outros grupos com ideias semelhantes cruzaram a fronteira com Israel, matando 1.200 pessoas e levando cerca de 250 reféns para Gaza.
O Ministério da Saúde de Gaza declarou que o conflito que se seguiu matou pelo menos 52.800 palestinos. Os números não fazem distinção entre combatentes e civis e não podem ser verificados de forma independente.
Israel contestou esses números, e Netanyahu sugeriu que as IDF mataram aproximadamente um civil para cada membro do Hamas morto.
O que acontecerá com os quase 2 milhões de palestinos deslocados de suas casas por causa do conflito ainda não está claro.
O presidente Donald Trump sugeriu a transferência permanente dos palestinos para outro país e o envio de tropas dos EUA para ocupar e reconstruir o território em um destino turístico controlado pelos EUA para evitar novos conflitos na região devastada pela guerra.
No entanto, essa ideia foi amplamente rejeitada pelos líderes internacionais, especialmente pelos líderes árabes, que condenaram qualquer plano que impedisse os direitos dos palestinos à autodeterminação em seu território ancestral.
Também não está claro como os palestinos poderiam ser realocados caso desejassem permanecer em Gaza.
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